Florianópolis, 18.12.2025 - Os questionamentos quanto à segurança da ponte da BR-101 em Itajaí reforçam a urgência da repactuação do contrato de concessão da rodovia e da construção da Via Mar, na avaliação da Federação das Indústrias (FIESC). “A segurança é prioridade absoluta e cabe à ANTT e à concessionária assegurar tecnicamente que não há risco de colapso e que as devidas ações estão sendo tomadas para garantir as condições de uso da estrutura”, diz o presidente da FIESC, Gilberto Seleme.
Em julho de 2023 a FIESC propôs à ANTT a derrocada da ponte velha e a construção de uma nova no sentido Norte, já com maior capacidade e pilares alinhados corretamente. Isso permitiria, além de ampliar a capacidade da BR-101, viabilizar a Hidrovia do Rio Itajaí-Açu.
Para a instituição, a situação da ponte reforça a urgência e a complexidade da repactuação do contrato de concessão da BR-101.
“Santa Catarina precisa buscar a melhor solução para esta rodovia essencial, que está em colapso em vários segmentos”, afirma Seleme.
A FIESC considera que deve ser discutida a extensão do prazo de concessão por mais trinta anos, o que permitiria incluir obras relevantes - como a da ponte - entre os novos investimentos da concessionária, sem onerar excessivamente o pedágio.
A posição da FIESC leva em consideração estudo sobre a atual proposta de repactuação, que é de 15 anos. O trabalho demonstra que as obras elencadas, segundo documento recebido do Tribunal de Contas da União (TCU), são insuficientes para garantir a eficiência e a segurança.
“A repactuação tem o aval do TCU, o que traz segurança jurídica e a possibilidade de um bom contrato. O modelo definido pelo governo federal prevê disputa e não assegura à atual concessionária a continuidade do contrato, como demonstrou recente processo da rodovia Fernão Dias, entre São Paulo e Minas”, diz Seleme.
Na disputa, com três participantes, feita no último dia 11 na bolsa de valores, a Motiva (antiga CCR) foi a vencedora e vai assumir a concessão até 2040, no lugar da Arteris.
Seleme acrescenta também que o colapso da BR-101 e a lentidão na solução dos problemas da rodovia reforçam a necessidade de construir a Via Mar o mais breve possível.
“São duas frentes urgentes: melhorar as condições da BR-101 no curtíssimo prazo e, ao mesmo tempo, avançar para que a Via Mar saia do papel em tempo hábil. A falta de rodovias não pode frear o desenvolvimento do estado. Precisamos de soluções para para atender os novos terminais portuários, o aumento do turismo e o crescimento da população do litoral, já que vão demandar uma capacidade rodoviária ainda maior”, finaliza Seleme.
Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina - FIESC
Gerência de Comunicação
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